domingo, outubro 07, 2012

06 de outubro
1940
Morte do cientista Adolfo Lutz

Adolfo Lutz foi um brasileiro muito especial. Ele estudou medicina na Universidade de Berna, na Suíça, e, quando retornou ao Brasil, trabalhou muito e contribuiu para o avanço da medicina. Adolfo Lutz também participou de muitas expedições pela região do Rio São Francisco, pelo Nordeste e pelo Sul do país, pesquisando doenças como a hanseníase, a esquistossomose, a febre tifoide, a malária e a leishmaniose. Cada nome complicado, né?  Mas são doenças muito sérias. Outro trabalho importante que ele realizou foi a identificação dos principais transmissores da malária. Durante muitos anos, ele dirigiu o Instituto Bacteriológico de São Paulo que hoje se chama, em sua homenagem, Instituto Adolfo Lutz.










Adolfo Lutz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Adolfo Lutz
Nascimento18 de dezembro de 1855
Rio de Janeiro
Morte6 de outubro de 1940 (84 anos)
Rio de Janeiro
Áreamedicina
Pesquisamedicina tropical, zoologia médica
1879-1940
Adolfo Lutz (Rio de Janeiro18 de dezembro de 1855 — Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1940) foi um médico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Pioneiro na área de epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas.[1]

Índice

  [esconder

[editar]Família

Era o terceiro filho homem dos suíços Gustav Lutz e Mathilde Oberteuffer. Os Lutz formavam uma das famílias mais tradicionais de Berna desde o século XVI, vinculada à corporação de ofício dos carpinteiros, com direito de votar e portar armas.[1] O avô de Adolpho Lutz, Friedrich Bernard Jacob Lutz, foi uma figura de destaque na história da medicina suíça, tendo chefiado o serviço médico do exército da Confederação Helvética por cerca de vinte anos.
Os Lutz chegaram ao Rio de Janeiro no princípio de 1850, no auge da epidemia de febre amarela que causou milhares de mortes na capital brasileira, e aí nasceram quase todos os dez filhos do casal. Em 1857 os Lutz decidiram retornar a Berna, talvez motivados pela insalubridade do Rio, que, além de recorrentes surtos de febre amarela, fora atingido por devastadora epidemia de cólera em 1855.[1] Adolpho Lutz tinha dois anos quando foi conhecer a terra onde nasceram seus antepassados.
Foi casado com a inglesa Amy Fowler, de quem teve os filhos: Bertha Lutz, Guálter Adolpho Lutz e Laura Bertha Lutz, dois nascidos no Brasil e uma filha na Suíça.

[editar]Trajetória profissional

Adolpho Lutz, seu nome oficial (com "ph"), foi mudado para Adolfo (com "f"), em 1940, na Inauguração do Instituto Adolfo Lutz, que deu nome ao antigo Instituto Bacteriológico. Estudou medicina na Suíça, graduando-se em 1879 na Universidade de Berna. Depois de graduado, foi estudar técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres (Inglaterra - onde estudou com Joseph Lister1827-1921); Leipzig (Alemanha); Viena (Áustria); Praga (República Checa) e Paris (França - onde estudou com Louis Pasteur18221895).
Retornou ao Brasil em 1881. Lutz inicialmente trabalha como clínico geral em Limeira (São Paulo) por seis anos. Desejando seguir em pesquisas médicas, ele retorna para Hamburgo (Alemanha), onde mais uma vez irá trabalhar com Paul Gerson Unna (1850-1929), especializando emdoenças infecciosas e em medicina tropical. Com o aumento de sua fama, ele foi convidado para assumir o cargo de diretor do Hospital Kalihi no Havaí, onde fez sua pesquisa sobre hanseníase.[1] Depois disso, ele trabalhou por um período na Califórnia (Estados Unidos), antes de retornar para o Brasil em 1892, atendendo ao convite do governador de São Paulo para dirigir o Instituto de Bacteriologia (mais tarde, este instituto irá se chamar Instituto Adolfo Lutz em sua homenagem). A cidade de Santos (São Paulo) sofreu uma severa epidemia de peste bubônica, e Lutz foi trabalhar com outros dois jovens médicos brasileiros, Emílio Ribas e Vital Brazil. Lutz e Brazil tornaram-se amigos, sendo que este daria suporte às pesquisas pioneiras de Vital Brazil sobre antídotos para picadas de cobra, contribuindo decisivamente para a criação de outro instituto de pesquisa (Instituto Butantan) em São Paulo, totalmente devotado para essa linha de pesquisa.
Aedes aegypti
Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti, uma espécie de mosquito que é um reservatório natural e vetor dessa doença. Lutz foi o responsável pela identificação do blastomicose sul-americano. Sua dedicação à saúde pública fez com que lutasse e pesquisasse sobre várias epidemias de diversas regiões do Brasil, como a cólerapeste bubônicafebre tifóidemaláriaancilostomíaseesquistossomose e leishmaniose.[1]
Outras de suas maiores realizações foram seu pioneirismo sobre a Entomologia Médica e as propriedades terapêuticas das plantas Brasileiras. Como zoologista, ele descreveu várias novas espécies de anfíbios e insetos, como o Anopheles lutzii (uma espécie de mosquito).
Depois da aposentadoria em 1908, Dr. Adolfo Lutz mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou por mais 32 anos, até a morte em 6 de outubro de 1940, no Instituto Oswaldo Cruz.

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